terça-feira, 20 de outubro de 2009

Diabetes Mellitus Tipo 2

O diabetes é uma doença crônica, silenciosa, onde 46% da população nem faz idéia que a possui, isto tanto para países ricos ou em desenvolvimento, portanto extremamente presente, afetando atualmente em torno de 170.000.000 de indivíduos em todo o mundo e com a projeção de alcançar 300.000.000 por volta de 2025 segundo a OMS.


Portanto reduzir o impacto do diabetes mellitus tipo 2 significa antes de tudo reduzir a incidência da doença antecipando-se ao seu aparecimento com medidas de prevenção sobretudo em indivíduos de alto risco, ou seja, tolerância diminuída a glicose, glicose de jejum alterada e glicose pós alimentação alterada, nestas situações é de grande importância a modificação do comportamento e dos estudos de medicamentos com aceleração destes objetivos. Não tenha dúvida que o estilo de vida, principalmente o controle da dieta nutricional, a prática de exercícios físicos presentes, bem como o uso de substâncias via oral têm se mostrado eficazes.

Embora fatores como idade, histórico familiar, dentre outros fatores não modificáveis podem facilitar a presença da doença, na realidade devemos fazer o maior esforço para que estes riscos diminuam de importância. Dentre os fatores mais importantes dos riscos modificáveis no diabetes tipo 2 temos que destacar a obesidade geral, a obesidade central ou visceral (barriguinha), fatores nutricionais, sedentarismo, tabagismo, assim como outros fatores que fazem parte do nosso dia a dia como o estresse e episódios depressivos maiores aumentam o risco de forma expressiva para o diabetes tipo 2.


Obesidade:

A presença do índice de massa corporal (IMC) acima de 25 kg/m2 que idêntifica a presença de sobrepeso, o IMC acima de c30 kg/m2 que já identifica a obesidade propriamente dita e principalmente o IMC acima destes valores, torna de forma evolutiva, cada vez mais dramática a situação destas pessoas e é cada vez mais presente no mundo atual. Estes detalhes promovem um efeito dominó que são fatores complicadores e sistemáticos assim como o aumento da resistência periférica à insulina (entre outros defeitos da insulina) é um importante elo na ligação entre diabetes mellitus tipo 2 e a obesidade, portanto os portadores da obesidade abdominal com maior deposição de gordura nas vísceras apresentam maior risco para o desenvolvimento do diabetes mellitus tipo 2 fazendo com que ocorra uma expressiva atividade de gordura, um aumento importante de gordura no fígado através da veia portal (nome de uma veia dentro de fígado), com isso aumentam a quantidade de açúcar produzida pelo fígado agravando significativamente o diabetes mellitus tipo 2.

Fatores nutricionais:

Um estudo analisado em não diabéticos no Reino Unido (UK), observou-se que a freqüência no consumo de frutas e vegetais era inversamente proporcionais quando eram relacionadas a níveis da deposição de açúcar na hemoglobina (Hb1c).

Diversos outros estudos têm sido feitos para avaliar a dieta nutricional em relação a diabéticos e a conclusão a que todos estes estudos chegam é que frutas, vegetais, peixes, aves e pão é mais prudente para evitar estes transtornos a pacientes que possam estar acometidos com diabetes tipo 2.

Sedentarismo:

É quase desnecessário enfatizarmos que as atividades físicas de forma sistemática traz benefício a qualquer tipo de doença aumentando enzimas, melhorando fibras musculares, desenvolvendo capilares musculares, melhorando a insulina existente nos músculos, etc...

Tabagismo:

Não existe necessariamente uma relação entre o cigarro e o diabetes, entretanto recentes estudos têm mostrado que o cigarro aumenta a gordura a nível abdominal, reduz a sensibilidade a insulina que melhoraria o diabetes mellitus tipo 2, eleva em demasia a concentração de glicose após o teste de tolerância a glicose, isto pode estar ligado a quantidade de cigarros e a duração do tabagismo e não devemos esquecer que após o tabagista eliminar o hábito, pode demorar em até 12 anos para que se veja livre do resíduos e riscos.


Estresse:

O estresse é provavelmente o fator de maior estrago no desenvolvimento do diabetes mellitus tipo 2. Indivíduos com baixo nível de suporte emocional tiveram uns riscos para diabetes mellitus tipo 2 quando na presença de eventos estressantes não desejados, comparados com aqueles com melhor suporte emocional.



Conclusão:

Pela experiência que possuímos no trabalho profissional com diabéticos temos consciência que se levarmos em conta todos os conselhos e advertências acima descritos a ciência tem feito sua parte no sentido do desenvolvimento de substâncias inteligentes que irão facilitar e diminuir os riscos das complicações severas que o diabetes mellitus vem causando à humanidade. Hoje existem mais de 13 substâncias importantes sendo estudadas ao redor do mundo e compensar este flagelo, que somente quem os possuí pode ter uma idéia real do que significa os sinais e sintomas que são apenas a ponta do iceberg.

















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